sabe o que é poder o que eu quiser? Bom, eu sei, e é estranho a forma como eu acredito, mesmo sabendo que isso não é nada mais do que devaneios tolos que me torturam de forma covarde o dia inteiro, enquanto ando na chuva, sorrindo ou enquanto ando séria sob raios de sol. Eu não sei quem foi que disse que eu podia poder tudo mas também não sei quem foi que disse que não, só sei que depois da terceira dose deste alucinógeno, perdi as contas. Nem mesmo o doce da melhor torta daquele pequeno café tem o doce que vejo em meus sonhos ou sinto na imaginação. Se eu vivesse no mundo de cada sonho maluco que gosto de ter, nada seria tão difícil, eu simplesmente viveria para me agradar, pois deixar para alguém a responsabilidade de te fazer feliz é mesmo algo grandioso. O amor deveria servir para libertar e não para prender. Mas quem sou eu, pra falar do amor, me dou bem com a loucura e não com o amor, mesmo que estes andem juntos, virei a cara com o amor há muito...Domino minha loucura como ninguém, mas não posso dominar ninguém. Acho que serei sempre livre assim, sempre jogada, servindo como fonte de inspiração pra quaisquer mensagens baratas em garrafas jogadas ao mar. O rosto que não é permanente mas que você espera que acalente as noites mais solitárias. Sou eu, só eu, sou minha, só minha e não de quem quiser...
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...
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