Estava dando-se por vencida, sabe Deus o porquê, sabe-se lá pelo que, isso nem ela quer saber. Sem egoísmo algum ela roubou-lhe aquele sorriso para que pudessem dividi-lo e desejou por um minuto, que fosse desejada, mas já sabia que não nascera pra ser única, a não ser em personalidade, almeijou por um segundo que iluminassem seus sonhos, mesmo sabendo que não para sempre, não como queria. Por uma única hora percebeu eternamente que não era aquela a vida que iria ficar ao lado da sua. Por um dia, reconheceu que mesmo com tudo e toda obra do desejo ao lado do destino, não conseguia se sentir triste por nenhum destes motivos, nem mesmo por sua própria identidade, perdida em outros olhos...
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...
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