Em confronto agora, me apresento para a luta final, deixem que cheguem os canhões, os dragões e tudo mais que puder me destruir, eu sempre fugi, mas agora estou aqui, eu e meus aliados, que nada mais podem fazer além de torcer pela minha vitória, estou aqui armada com minhas mágoas e sentimentos, a tal espada que corta miragens e uma vontade enorme de deixar escorrerem as lágrimas de um "eu" diferente, cá estou fraca, mas não incapaz, diante de todos vocês, pra poder pensar mais em mim do que em quaisquer um de vocês. Meu maior anjo não usa asas e é o mais forte e admirável que já vi, tanto assim, que me permite chamá-lo de herói, ele não salva o mundo todos os dias, mas me salva de outro mundo todos os dias e é tão desconhecido. Tudo que queria era agradecer, pela atenção, por dizer milhares de palavras em um silêncio enorme, pela preocupação num final de noite, pela compreensão da alma insana que habita meu corpo, por toda subjetividade que aprendi a ter, por ser forte e me ensinar a ser, ele é muito mais que eu e me quer por perto até quando eu já não quero mais ser eu, ele me ampara no meio da luta, depois que acabei de levar o golpe mais vergonhoso que há, depois que confessei pesar muito o fardo e alto demais o preço que pago por ser quem eu sou. Nunca estive mais diante das tais dor e delicia de ser o que é, elas se contrastam e brigam dentro de mim agora, e eu? brigo fora de mim, pra provar pro mundo real, que eu não vivo só em sonho, mesmo não precisando provar nada pra ninguém. Guarde meus sonhos no armário neste final de semana, pra eu não ter perigo de querer sonhar, e quando estes dias se passarem, leve sempre todos eles com você, que voltarão a brilhar mais fortes que antes, brilhar pra você. Faz de conta que não se passaram três anos, faz de conta que não é tarde demais. Fique com os sonhos, você tem espaço no meu sorriso...
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...
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