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foragida

Sim, fujo tão fácil, quando consigo, quando decido, quando saio do lugar. Fujo de mim, corro da minha consciência, das consequencias e das proporções, então me deixe também fugir dos sentimentos, dos quais não estou conseguindo, sou foragida destes e a cada dia que passa o destino bagunça mais minha vida, bagunça minha cabeça e se acha dono de mim e dono dos encontros do acaso, que não existe. Uma hora alguma coisa terá que acontecer, mas ninguém sabe o que. Eu não espero nada, não posso nada querer, só um sorriso leve por uma noite fria, bons sonhos a noite e eu não preciso de mais nada, independente da solidão que posso sentir depois. Tenho comigo que isso é apenas um estado mental, que resiste em passar, já que eu não resisti e tive que tentar, do mais fico sozinha ouvindo telefonemas que não existem, músicas que não tocaram e cores que não apareceram. Vamos guardar os momentos na memória, enquanto são poucos. Porque quando virarem incontáveis, em algum lugar terão que permanecer, não se contentando só com a memória e segredos. Medo? de enlouquecer e só. Somos comparsas da noite, temos pacto com a chuva, mas nosso fraco é autocontrole. O forte? a vontade de viver e aproveitar cada minuto. Repito. Sempre que vier, fique mais um pouco

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