Agora temos um segredo, nosso segredo, que nao sabemos até onde vai, mas que como todo segredo, é por si só um segredo, sem mesmo o denominarmos como tal. Para o ontem que me aguardava ansioso, cheia de sono e pensamentos como o motivo de minha solidão e me auto torturar com músicas sobre juízo, responsabilidade e passado...Pois bem, guardei este ontem para outro fim de semana, e fui fazer jus as oportunidades. O desejo era unanime, a vontade de quebrar todas as regras da sociedade, tomar decisões e contar histórias, a noite inteira era pouco para tudo isso, não importa, já quebramos, começamos. Estou mesmo queimando, agora em fogo intenso e pareço mesmo ignorar a situação de perigo, que me instiga agora mais do que o desconhecido, que ainda não se tornou conhecido. Eu sei que não sou uma escolha, pequena, você não é aconselhável...eu mesma não sei o que isso quer dizer, eu só quero que seja, e não deixe de queimar. Estou tendo alucinações na madrugada e sem chances de esquecer nem mesmo um pedacinho de silêncio que houvera, pois isso ainda vive em mim, desde que dormi e sim, imaginei o que sonhar, algum tipo de delírio, quem sabe. Estou cheias de "quem sabe", mesmo sabendo que isso significa que ninguém sabe, eu me arrisco, de novo e de novo. Poderia resistir a qualquer coisa, mas não a isto, sem mais...
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...
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