É esse o preço que pago por não ter memória fraca e força de vontade, desperdiçar um amor e tudo que é vida que podia ter surgido de tudo isso. Entrar na vida alheia, bagunçar o coreto de quem não devia e me deixar levar com o vento, até bater a cabeça em algum muro pixado da cidade da realidade, acordar chorando, sozinha em algum canto e me lamentar por ser tão errada em tudo que faço. A tempestade da euforia da satisfação passou e eu não me movi sequer um passo, resta a mim poder recompor os sonhos que me foram devolvidos, já dizia maysa matarazzo "se meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar", e eu que sempre tive aquela mania de pagar a conta, levar as malas sozinha e viver na base do "eu me viro", agora não sei o que fazer, sou eu, totalmente vulnerável, foi em uma terça-feira nublada
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...
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