Não vou ser dócil com o mundo que me fez arisca, que judiou, que não teve dó, que me esfregou no chão, eu quero que esse mundo exploda o mais rápido possível, já não tenho piedade nem polidez, já mencionei o caminho sem volta (I'm on the highway to hell), matou todos os meus sonhos, quando eu acreditei que vivia mais quem sonhava mais, que sorria mais, quem sonhava mais, cheia de espinhos por dentro, talvez não tenha mais delicadeza, apenas vontade de ser cruel e gosto por isso. Como algo que está queimando, ao acabar de queimar se transforma em pó, em algo inutilizável, é assim que me sinto.
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...
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