Pular para o conteúdo principal

A cura, no lugar errado

Vim, porque me sinto a vontade agora, para falar sobre lugares errados que entramos, e atitudes erradas que tomamos (se sentir a vontade não é se sentir feliz, é poder falar sem medo).
Certamente, ando meio psicótica, fugindo de pessoas vestidas de branco, ficando doente e fugindo de qualquer lugar que possa representar cura e saúde, fugindo de remédio e pessoas que "chegam na voadora", por alguns vínculos quaisquer, sabe-se lá porque diabos me apego.
Só sei que certa vez, entrei em uma farmácia, e não há problema nenhum em entrar lá, se não fosse eu procurar o remédio pras minhas dores (no corredor errado), acontece que eu não tinha conhecimento, de que farmácias, vendiam veneno em frascos de remédio, aquela vendia, e na minha ânsia de eu mesma escolher o que tomar, escolhi o frasco errado, não tinha bula, mal tinha nome. As pessoas normalmente, tem overdose, quando tomam remédio em excesso, eu sou o único caso de overdose por tomar remédio de menos. As doses que eu tomava por dia, eram menores do que as recomendadas, no entanto, sendo esse um veneno, e eu já tomado pela primeira vez, estava morrendo, e sentia isso, porém esse remédio tinha um efeito alucinógeno, que deixava feliz, doce engano, ia me matando aos poucos, mas a tal alucinação não me deixava ver isso. Algo que poderia curar, certas dores abstratas, fez o efeito contrário, a cura virou morte, o sorriso virou lágrima, o sonho, pesadelo.Hoje em dia, estou morta, aquela tal parte de mim que morreu, em uma esquina de uma maldita noite quente, tenta voltar, mas o veneno foi forte demais para que ela ressucite, isso já não é possível, não agora, não assim. Nunca mais entro em farmácias, agora sei que qualquer corredor errado que haja, pode conter veneno em frascos de remédios e sei que não quero morrer, não agora, não assim...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

E se...?

A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...

a arte de sorrir, toda vez que o mundo diz NÃO

Pode não ser a melhor pessoa do mundo, mas não é a pior, logo...é a pessoa que me basta, que me completa e me satisfaz, me faz de sorriso, de doce, menina, moça, mulher e amada. Admirável poeta novo, é em nome do laço que temos aqui e aí que venho fazendo clichês chatos de força e fé diretamente a você, é um tipo de compensação por minha presença física não se fazer aí agora, estou descobrindo cada detalhe assim, gosto de brincar de viver com você, sendo essa a brincadeira mais séria que já me ensinaram. Ora, me surpreende, porque nunca vi tanta luta em tão curto espaço de tempo, tanta força em meio a tempestades, ventos e determinação como parte integrante de um jogo, o qual a vida ao invés de ditar regras a todo momento, mata e renasce as mais estranhas normas, pra testar nosso comportamento. Degustando cada problema, como quem goza de soluções, então é assim que nos sentimos quando temos a redundante "certeza absoluta" de que tudo vai dar certo? Aquela sensação inédi...

entre a razão e a emoção

Meus objetivos de sonhos já não posso contar nos dedos de uma mão, sobre o amor e o desamor, sobre a paixão...não, eu nada sei, eu não sei o que querer, muito menos o que poder. Posso tudo, no segredo, no sonhado. Nada posso no real, a todos os olhos. Desconhecido, eu não te dei só meus sonhos, tens contigo um segredo, que até hoje, muito bem guardado. Eu sei o quanto pensa em mim e não sei qual a última vez que pensou em alguém assim, desconhecido eu juro que nada juraria em nome de tudo isso, o que acontece aqui, ninguém sabe, muito menos você e ao mesmo tempo você é o que mais sabe perto dos outros. Eu só peço o doce dos seus beijos, o resto eu adivinho que tenho, sua memória e seus sonhos, não sei se posso exigir seu coração, as vezes penso saber mais de você do que de mim. Como é que isso pôde acontecer? Se há 3 anos atrás, tivesse ocorrido, talvez não sentiríamos tanto. Eu já cansei de me perguntar, responder ninguém vai, o que me resta é sonhar, sonhar seus sonhos, porque os meu...