se sentou a janela e começou a ouvir seus próprios pensamentos, algo sobre o ato de ser feliz se tornar um problema, ora garota, está ficando maluca de vez? Ser feliz não é problema nenhum! E quando foi que eu disse que era? O problema está em querer abafar o grito de felicidade, por quaisquer motivos inúteis de serem escondidos. O problema está em querer revelar-se para o mundo, tirar fotos de todos os muros falantes e das pessoas que se calam, dos que passam e dos que ficam parados, dos pedidos, e vídeos dos sons das risadas, das solicitações, dos momentos, das cócegas, do amor na sala, dos beijos na cozinha, do cheiro da manhã, dos pulos de alegria, das lágrimas de felicidade e até dos gritos de desespero, quero mostrar e tornar tudo apelativo, tudo que tenho, tudo que amo, tudo que é eterno e tudo que se finda, dos que chegam e dos que partem, dos que firmam pequenas coisas em sua vida, das pequenas coisas que se fazem grandes, das flores e da chuva. Tirando toneladas de minhas costas, com simples palavras, simples expressões, cuidando de mim, sem cuidado nenhum, mantendo a felicidade tão acesa quanto velas de jantares românticos, que só se apagam quando a chama do amor está em uma intensidade suficiente para se tornar eterna. Preciso escrever, dançar, dizer, gritar, sem reprimir ou inibir. Me resta dizer, sem grandes detalhes que me sinto feliz agora. Me deixe ser, estar, ficar, comparecer, amar. Das artes mais nobres que conheço, é o amor que não permite segredos nem risadas em tom baixo. Boas notícias vem em todos os finais de noite, correndo, pulando, como crianças na euforia de um parque de diversões, bem, eu não vou reprimi-las, elas sabem os motivos de um sorriso e eu reconheço...é o amor.
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá
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