Há uma espécie de seres humanos, a qual eu sempre quis estudar. Não venenosos, porém altamente resistentes, fortes como uma rocha, vistos pelos diferentes da espécie, como abomináveis, diferentes e estranhos, são estes...os apaixonados.
Estranhamente fortes, uma força que só descobrem depois um dado estágio do amor, fortes porque aguentam coisas que pessoas "normais" não aguentariam. Comentários que poderiam ser evitados, que chateiam, mas não os faz desistir da pessoa amada. Atitudes que são dificeis de digerir, passam desapercebidas por seus cinco, seis ou sabe se lá quantos sentidos. Defeitos que até hoje nunca agradaram a ninguém, a estes se faz qualidade, se não eles sabem transformar o defeito em qualidade em dois tempos. Dominam muito bem a arte de sorrir, querendo chorar. Os apaixonados são totalmente dependentes de seu parceiro e o querem sempre por perto, seja sentimental, física ou mentalmente, protegem a este como uma mãe protege seus filhotes e se algo ousa ameaçar a estrutura do ninho que ele cuidadosamente construiu, faça a gentileza de sair de perto, princípalmente se o responsável pela tentativa tiver sido você, ele vai lutar com unhas e dentes para que você não chegue nem perto de seu amado, isso se ele não for a espécie mais perigosa de apaixonado - o apaixonado vingativo - porque daí meu amigo, fique ciente, você está brincando com fogo, ele não vai sossegar até que consiga destruir sua vida por inteiro. O apaixonado é altamente imaginativo, tem a capacidade assustadora, de imaginar que seu parceiro está a seu lado a todo momento, mesmo que este esteja a kms de distância. Algo que os diferenciam dos demais, é que estes tem os cinco sentidos muito apurados, sendo capazes de sentir o cheiro da pessoa amada até quando esta não está presente, são fenomenais, pois até de olhos fechados, sabem o gosto, a voz e textura de toda a anatomia do parceiro. Essa espécie é gravemente idealizadora, sendo capaz de pensar em 50 detalhes do futuro com o amado (a) por dia.O macho apaixonado está em extinção, mas os poucos que restam, são, em sua maioria muito intensos, sendo fáceis de identificar quando capturados, as fêmeas estão em maior número, são subdivididas em intensas e banais, as intensas estão se extinguindo, enquanto as banais, o nome já diz, estas banalizaram. Quando o macho intenso e a fêmea intensa decidem montar a estrutura de um ninho, há uma grande esperança para os pesquisadores, que os filhotes sejam tão intensos apaixonados quanto eles, mas o amor sempre surpreende e nunca se sabe o que está por vir. Os apaixonados não atacam, visto que o parceiro já é a presa, coisa inédita para o mundo da ciência, fato este que só as ciências do amor podem explicar. Me recolho agora deste documentário, pois de tanto estudar, descobri que sou uma espécie rara de apaixonada intensa em extinção, com minha presa entre as patas, meu parceiro em minhas mãos, aguardando por mais um dia que se passa, na selva do coração.
cuidado com essas garras meninas, vai me machucar pô! uhauhuahuah
ResponderExcluir(WOOOOOWW.. =O)