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não é protesto, é realismo

Ninguém pode entender, meu silêncio não é protesto, a fala é minha fuga, meu silêncio é meu realismo vindo a tona e se decepcionando até a últim gota, com tudo o que existe. Acham mesmo que sou uma estranha no ninho, ou talvez tenham certeza, eu não ligo. Enquanto todos falam sobre cerveja, cigarro, carro, balada e porres, eu sou mais sendo menos, não digo nada, pois sei que nada disso vale a pena ser dito. Abro a boca pra falar sobre algo em que acredito, que defendo, não coisas perecíveis, seres humanos perecíveis, no fundo sinto todos iguais e eu diferente, não há nem meia gota de entendimento aqui, minha consciencia cheia de paciencia, já me revelou não esperar e nem dizer nada. Acho graça de cada situação. A melhor das situações é com você e essa eu não posso ao menos ter, enquanto isso vou fingindo que acho tudo completamente normal...

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E se...?

A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá

Elastic Heart

Conforme ia me inconformando com o mundo, ia criando um mundo pra mim, foi fundado com base em mim mesma e "fechado" até certo ponto, pois morria de medo de alguém que entrasse ali e poluísse, modificasse minhas leis, quisesse governar, derreter minhas geleiras com seu aquecimento global. Criei meu caos particular, detalhe por detalhe e ali me entendia, sempre que precisava me fechava, era ali que me sentia abraçada pela minha própria solidão, mas pessoas as vezes surgem, a maioria fracassava, não era capaz de aguentar a intensidade desse meu universo. Você veio estabelecer contato, propôr um tratado, parecia amigável, parecia ser como qualquer outro desbravador, mas a diferença é que eu nunca consegui dizer não, eu nunca consegui não querer, por mais que a fuga fosse normal, dessa vez a estratégia automática ruiu, caiu por terra, você veio estudando minuciosamente meus atos, meu passado, meus traumas, com um esforço realmente grande pra conseguir compreender meus pedaços. Eu

you say goodbye and I say hello

É, eu não queria que você dissesse nada do que foi dito, mas no fundo eu queria não querer, mas na verdade queria. É claro que você vai me entender, como sempre faz, e sempre tira a graça do enigma que é meu modo de vida, eu não vou dizer nada do que você esperava ouvir, eu simplesmente estou de mãos atadas de novo, por causa de sabe se lá quantas gotas de chuva com quantos copos de whisky, cerveja, vodka e afins. Você sempre faz tudo errado, da pior forma, de maneira contrária e eu entro em contradição gostando cada vez mais do sabor que seus erros tem, da delícia que é descobrir surpresas em um cotidiano chato. Eu não queria que você fosse você, você bem que podia ser outra pessoa. Sim, eu amo a chuva, eu amo o sol, e fujo de tudo isso as vezes, mas é meu jeito, aquele que é oposto ao seu, não sei insistir, correr atrás, telefonar, demonstrar interesse, apreciar um bom filme com pipoca, eu não sei nada do que você gosta de saber, eu vou procurar outro lugar pra morar, morar em sua me