Se posso desligar as luzes e o telefone, posso desligar você de mim, mas não posso desligar os sentimentos, que dirá os pensamentos. Ópio maldito que me faz querer não um colo, mas o seu colo, não os braços, mas o seu calor, não um beijo, mas o seu sabor, sem dissabor, que aprecio como um banho de chuva em dia de calor, um pão feito na hora com a boca cheirando a café, como aprecio um fim de tarde e os ponteiros empoeirados de um relógio parado. Acho divertido a dança que meus cabelos fazem quando sentem o vento. A batalha que a racionalidade e o coração, o certo e o errado aos olhos da sociedade, travaram em mim, é só entre eles mas me machuca também, leva uma parte de mim, tira uma de você e exclui por inteiro o terceiro integrante, que chegou antes de mim e de você, não desse você que você é desde que nasceu, mas o você que eu criei, o você que eu penso. Eu quero suas migalhas, e seu coração inteiro, já que você inteiro eu nunca terei e já nem ligo pra isso, você é uma tempestade aqui e o tempo há de saber o que fazer, desmanchar ou fazer crescer, tenho pra mim que este é um estado engraçado e patético de mim, resta saber se passará...
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...
espero q não...e q naum acabe...desabroche como uma linda rosa desabrocha na primavera...
ResponderExcluirtalvez cada tempo em seu tempo, uma frase de uma pequena desconhecida, assim, as respostas virão...mais sempre pesço algo...fique sempre mais um pouco (=