Tenho saudades suas de vez em quando, e esse meu de vez em quando, de vez em quando é sempre. Quanta audácia! achar que o mundo pararia para que celebrássemos o amor sem limites, achar que todos concordariam com loucuras de gênero tão absurdo. Quanta ousadia a minha, achar que a felicidade vinha de tudo que não tem nexo, apenas prazer, só por ter o sentimento absoluto, que ninguém soube admitir. Foi tudo tão mal administrado, o sentimento chegando antes do compromisso, a paixão antes do descompromisso, o descompasso de tudo, piorando nossas mentes e pensamentos, que se concentravam em uma coisa só. Foi o desejo mais ardente que já senti e agora não é mais meu, certamente porque meu nunca foi, já mencionei que tenho saudades suas de vez em quando?
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...
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