Hoje quando olhei o céu, escuro, como se o dia não tivesse sol algum, ouvi o futuro me perguntar o que penso dele e se penso nele. Eu disse que penso sim, apesar de me sentir só, pensar que amanhã será melhor é como receber um abraço de consolo em meio ao sofrimento da partida de alguém. Penso nele como mais incerto que meu próprio eu e as vezes, até duvido que ele seja capaz de chegar. É meio dificil de acreditar que ele vai ser bom, em devidos degraus dessa vida, grandes demais para meus passos, nas horas em que preciso confiar e me jogar de um degrau tão alto, quando o chão demora a chegar, mas quando chega ou é doloroso demais ou é um alívio enorme. Meus passos e saltos dirão pra onde vou, pois eu mesma já não sei. Futuro, não há fase em que eu pense mais em você do que nesta presente. Por favor, chegue logo ou não chegue nunca, você as vezes me mata de saudade, as vezes me mata vontade, outras de felicidade. Não sei definir do que você está me matando agora, só sei que eu com certeza morro mais de uma vez
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...
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