O tempo parece presentear a quem está cansado, passando cada vez mais rápido, varrendo cada pensamento que possa doer o suficiente para arrancar lágrimas dos olhos, que caem com receio de serem vistas e não mais cairão quando os pensamentos partirem de vez. Eles parecem se despedirem cada vez mais rápido, trazendo risos sem graça, à lembrança de uma noite que passou completamente por acaso. O tempo sabe passar na hora certa, o tempo sabe a hora que tudo deve entrar nos eixos, trazendo dúvidas, pessoas, incerteza e seus pensamentos novos, e a felicidade instantânea, que vai embora tão rápido quanto chega, sempre nos surpreende, de tão imprevisível que possa ser. Sabe o que me intriga? que o pior cego é aquele que não quer ver. Acho que nunca soube o que fazer da minha vida de verdade, mas com certeza soube viver...
A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...
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