A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá
Estava em minha zona de conforto, nas sombras, porque era tudo mais fácil enquanto eu estava por lá, me escondendo, mostrando apenas o lado amargo, sem sentimentos. Eu não dava a cara pra bater, não arriscava outro coração partido, apenas ocultava a existência de um coração. Era divertido ser irônica quando alguém falava de relacionamento sério pra mim, eu apenas soltava um riso ácido e dizia: - tá, e daí? Sabe, meu forte nesses 3 anos e meio nunca foi acreditar que algo daria certo, eu apenas via surgirem os “quases”, esperando a pessoa ir embora. Eu sabia que todo mundo um dia iria partir. Era aquele velho ciclo, de costume: Ele chega, bagunça tudo superficialmente ao meu redor, tenta ganhar meu coração, mas não se arrisca e eu desse lado também não. Ele vai embora, procurar algo melhor e eu fico, também na mesma procura, me perco no caminho, entre uma bebedeira e outra, enfrento os dias de ressaca, as vezes mais moral do que etílica. No dia seguinte reflito sobre como estou v