Pular para o conteúdo principal

S.O.S


É um auto flagelar se esse tal de se diminuir. Algo que ninguém explica, pertencente as mazelas do mundo, o pessimismo chega para desespero pessoal, para entregar o cartão de visita e aí está a confusão armada e o pesadelo recomeça, resgatado de seu último fim, daquela noite na cabeceira de sua cama, de onde você chorou lágrimas de titânio até o chegar do sono e adormeceu com o coração em pedaços, como se jamais o fosse colar. O sorriso que sai é amargo, como se este lembrasse daquele último desespero, sai com uma capacidade imensa de fechar se rapidamente, por não se achar digno de se mostrar ao mundo. Admiração não há, por isso talvez você procure sua melhor roupa, seu melhor sapato, para andar por aí, olhando para todos a sua volta e por dentro implorar para que admirem-te por alguma atitude que ninguém dá a mínima importância, como uma esmola sem valor significativo, mas você quer que apenas reconheçam o tanto que se doa, quer mostrar que as vidas não iguais, menos ainda as dores, mas que doem iguais em todos. Sua vida não é tão miserável quanto pinta, mas você quer só por um segundo poder pintá-la mais colorida. Seu coração está espremido em algum lugar daquele velho baú, sem bater, talvez apanhando por erros passados que já deveriam ter sido perdoados. Garota, ainda estamos no começo, você não tem culpa por sua vida ser o que é ou por você não sofrer o quanto deveria, o sofrimento funciona na teoria mas talvez não seja o caso pra você e tudo o que tem a fazer é aceitar o peso que lhe deram, não tão pesado quanto o dos outros, talvez por conta do merecimento ou sabe-se lá o que. Aceite que o futuro ainda está por vir e é cedo, a vida está apenas começando. Sorria, esquecendo-se das críticas e sinta as coisas como são, que um dia hão de ser melhores, quem sabe o piorar também é uma forma de melhora.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

E se...?

A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...

Turismo no meu mundo

Tem pessoas que são viagem e outras que são destino... E me soa tão cruel saber disso, estar ciente de que talvez nós só nos encontramos pra uma breve viagem, eu na sua vida, você na minha. Um colorindo os dias do outro, só que por tempo limitado. Isso tudo pode terminar na velocidade de um sopro. Nada aconteceu e eu já quero voltar no início, antes que você vá embora pra viver melhor sua vida e me deixe aqui na mesma monotonia em que me encontrou, porém mais sozinha, mais melancólica e ainda mais amarga e mais difícil de conquistar, muito menos crente nesse sentimento complicado que é o amor. Vamos voltar ao início, parecia tão certo, eu, você, a química, nossa conexão espiritual...O que poderia dar errado? Aperta o replay porque eu quero ficar revivendo aqueles primeiros dias antes de qualquer coisa. A qualquer momento agora, isso pode escorrer pelos dedos feito areia. Correndo o tempo como uma bomba relógio, que eu não sei desarmar. Eu não quero estar aqui quando tudo voar pelo...

Gratidão pelo adeus

Encontrei uma foto antiga e parte do meu passado me invadiu, de imediato. Várias memórias vieram, saudosas, nostalgia pura, não que eu quisesse viver novamente o passado, não que eu goste do que eu gostava antes, mas que o "eu" daquela época estaria feliz por viver ali. Ah sim, ela estaria.  Dizem que você sempre está onde deveria estar. Então no passado eu estava exatamente onde precisava, se no presente mudei de lugar e de pessoas, é tudo exato, é tudo destino. Hoje em dia me expandi, de forma irremediável e quando a gente se expande, não consegue mais voltar a forma inicial, isso criaria estrias no corpo do meu tempo.  A vida é outra, a pessoa é outra, fui sendo só metamorfoses, desde o dia em que você decidiu partir. Embora sem piedade, preocupado com o maus-tratos que eu sofreria nas mãos do mundo, que não era nada amigável como você era comigo. Hoje eu decidi retratar brevemente, esses quase três anos. Em junho completo 3 anos deste estado civil...