Ignorância do tempo, que não sabe parar antes de você partir, mas pudera, do jeito que os ponteiros andam confusos, nunca saberiam parar na hora exata e correriam quando deveriam permanecerem estáticos, correriam com você, ao ir embora daqui me deixando as prantos com as promessas de sempre, que eu tanto amo e me satisfaço todas as vezes que ouço e desejo que percorram meus ouvidos por infinitas vezes, não que eu as esqueça mas gosto de saber que você se lembra. Tempo! O indomável tempo, irremediável tempo, que não volta atrás para retrospectiva dos melhores momentos e nem durante os mais deliciosos minutos de nossa vida. Sinto em dizer mas jamais compreenderei o tempo. Pessoas nascem, vivem, morrem, adoecem, comem, bebem, se enchem de esperanças e lentamente dizem olá pra morte de diversas maneiras e quanto a mim? Eu vivo de espera, a espera de meus dias ao seu lado, viver o transbordar das horas, sentindo as veias entupidas de felicidade, felicidade esta extraída de você, do bem que você me faz. Ando a espera da saudade se ausentando, sou refém de relógios e ampulhetas, na cidade onde o sol se põe mas os ponteiros ainda estão marcando 16h, na vila onde as 21h o sol está nascendo, sinto que está tudo errado, estou descompassada, inconformada, indignada, bagunçada talvez por não sentir vontade de fazer tudo no seu tempo certo, quero me encher de vida agora, quero sorrir agora, quero me encher de você agora...e depois. Todos os dias parecem uma segunda-feira pós partida, um dia morto e um mês soa como 60 anos para se esperar, como se quem virasse a ampulheta fosse algum aposentado sem nenhuma obrigação importante, tão veloz quanto um grande jabuti de 100 anos.
É bem verdade e vos afirmo: onde há espera, há saudade, onde habita a saudade há esperança, nos becos em que a esperança ilumina, há vontade, vontade de devorar todos os relógios do mundo, matar o tempo e correr pros seus braços, assim o tempo pararia sempre no momento em que estarei agarrada a você, tão grudada que não daria para saber quem é quem, se é que me entende, o tempo se moldaria a nossa maneira e quanto a mim? Seria a mulher mais feliz do mundo por desenhar o cotidiano que eu tanto amo, aquele dos nossos dias, aquele que prometemos viver.
O tempo pode sim ser indomável e incansável, cansando aqueles que não querem esperar, mas ele não é páreo para minha insistência, muito menos para minha disposição, para a determinação então? Nem se fala. O tempo pode ser grande inimigo dos que tem saudade mas ele também não é páreo para o amor, se o tempo é poderoso, o amor é dez vezes mais e se a dúvida que surge é se eu vou ou não te esperar, você há de jamais duvidar, vou deixar tatuado em seu coração e entrar na sua mente com a jura de que só deixarei de te esperar quando todo o seu tempo ficar grudado no meu, sua pele na minha, minha cabeça no teu peito e seus lábios com os meus, só deixo de esperar por ti, quando finalmente puder ter você eternamente.
Se todos os lapsos de memória me recordam que o pouco tempo que passei com você, comparado ao tempo que poderíamos passar caso nosso romance fosse "comum, normal, popular" nos teriamos mais histórias pra contar, talvez não intensas como as que temos, talvez chochas como um casal qualquer. Mas não, nosso romance é incomum, anormal, oculto, sim oculto porque muitas coisas que passamos as pessoas em sua maioria não sabem o tamanho da nossa luta, ninguém sabe o quanto sofremos por ficar cerca de 28 dias separados um do outro.
ResponderExcluirNinguém entende que esta nossa "melação" como julga os alheios, é o fio fino ora frágil ora extremamente resistente que nos liga feito cordão umbilical idem feto e mãe, assim somos eu e você, enfrentando sem casaco um frio de -10 graus... para mim não importa o tempo pode passar o quanto quiser, se você resolver voltar, ao pisar na rodoviária de campinas eu ali estarei repetindo um ato idem votuporanga com um sorriso e um abraço aberto, carente e com amor para dar somente ao seu coração.
Obrigado por persistir em mim quando eu me sentia fraco pra seguir adiante.
amo você eterno Amor!