Pular para o conteúdo principal

O grande anjo saqueador


Não pensem vocês, pequeno público deste blog, que vou falar de vícios altamente negativos de um anjo às avessas, primeiramente porque ele não é as avessas, pois cuida muito bem de sua destinada. Esse grande anjo, desprovido de asas, com grande potencial de saqueador, teve a capacidade de, ao mesmo tempo que cuidava, roubava-me um conjunto de sentimentos, os quais eu cuidadosamente sempre guardei pra que ninguém pegasse e quando descuidei, lá estava ele, zelando pelo meu bem e tomando nada mais, nada menos que um órgão vital, cheio dos já citados sentimentos e emoções. Como qualquer ladrão profissional e fazendo jus ao título de melhor anjo já caído na terra, contradisse seus atos e por alguma razão, sem nenhum dissabor, após algum tempo, entregou a mim tudo que possuía no quesito sentimental e nobre, tudo em se tratando de alma, corpo, coração, emoções, sentimentos e desejos. Você já deve estar se perguntando, o que foi que eu fiz diante disso tudo, de algo que começou como roubo, mas depois passou a ser troca...Bom, eu não tinha mais nada a oferecer, nada a trocar, eu simplesmente me entreguei e poderia ser esse o passo mais errôneo da minha vida, eu teria tal existência desprezível caso qualquer probabilidade de erro fosse fato, mas não, o mundo começou a sorrir pro meu mundo, o anjo sorriu também, eu voltei a sorrir pro junto. Sei que já revelei isso, mas não custa nada, fixar a informação de novo...E eu que sempre paguei a conta sozinha e fiz questão de carregar as malas até em casa, já não sabia o que fazer. Ele queria cuidar de mim, queria fazer de tudo por mim, queria lutar e queria me amar e mimar também e me queria como mulher da vida dele, pensando em um futuro a longo prazo e veja só se pode, acredite se quiser: Ele queria me fazer feliz! Absurdo, não? Pois bem, vos revelo, em segredo eu queria a mesma coisa, com uma sútil diferença: Antes habitava a certeza de que tudo havia de falhar, agora tinha a certeza de que tudo daria certo...

Hoje esse anjo tem nome exato e origem muito bem conhecida por mim, sua destinada, ele não vive mais em vão, esperando alguma coisa repentina da vida, mas tem uma visão de mundo apontada em direção a minha vida e sonha pensando em mim.

Por fatores de idade, tempo, espaço, condições que ele julga sacrificantes, entre outros, às vezes ele ainda pensa tolamente que pode me perder, mal sabe ele que nada de mal nos alcança e que a palavra desistência não existe no meu vocabulário. Sabe do que mais? Ele me deu lugar em sua núvem e hoje, ganhei o título oficial e nobre de sua amada namorada. Vamos meu anjo, vamos em paz, seguir esse caminho já traçado, de um feriado carnavalesco que nos apresentou tão fulgaz, diferentemente do sentimento, que se apresentou de uma eternidade grandiosa e rara, vamos juntos, vou viver de suas surpresas mais deliciosas e até das mais assustadoras, que no pós-susto são tão bem degustadas, nos dias de amargar pelo qual você passar lá estarei eu, com um colo pronto e com minhas mãos pra te afagar. Vamos meu anjo, que estarei atenta a cuidar de ti, mesmo não sendo anjo igual a ti, sou baronesa e tenho uma côrte de sentimentos, a qual me obedece, e a cada vez que seu sorriso procurar pelo meu, a cada vez que seu corpo tiver fome do meu, a cada vez que seu calor quiser se duplicar e grudar no meu, sim, eu estarei lá. Vamos, meu anjo, meu grande anjo saqueador, meu amor, vem, vem sem medo, vem comigo!

Comentários

  1. E como vou, tão sem medo, sem fazer nenhum segredo. Em mim levo apenas o desejo de tudo que é originário ou derivado de vossa excelência... minha Baronesa.

    http://www.youtube.com/watch?v=baeR0ZktYPY

    ResponderExcluir
  2. ownnnnnnnnnnnnn *.*
    que orgulho do meu milk shake !

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

E se...?

A vida é mesmo uma imensa estrada com várias bifurcações ao longo do caminho. Somos obrigados a todo momento a escolher e escolher significa renunciar. Estamos sempre renunciando de algo, ou seria escolhendo, optando por algo? Depende do ponto de vista. E essas escolhas por vezes tem toda poesia contida em si, ora não são nada poéticas. Chegamos a uma altura da vida, que pensar demais nas renúncias que fizemos, traz a tona uma imensa saudade. A famosa saudade do que ainda não vivemos, talvez o que nunca vamos chegar a viver, porque não pagamos pra ver. Não é uma saudade que dói, mas uma saudade que atiça a curiosidade, longe de arrependimento, por mais que a vida esteja funcionando bem no caminho em que estejamos andando, os pensamentos, as idealizações e a dúvida sempre vem. É uma saudade que não pode ser matada, esse caminho pode ainda estar ali e se apresentar de novo em nossa jornada, porém não estará exatamente como estava no passado, e digo isso me baseando na teoria de Herá...

E mais essa queda

Ainda outro dia, falava sobre o amor ser como quando saltamos em queda livre. Sabe, você se prepara com todo o equipamento, mas ele agirá de acordo com seu destino. Ele pode não funcionar,  e você se espatifar no chão de forma quase fatal ou ele pode funcionar e você vir a viver algo ímpar, uma das mais maravilhosas experiências da sua vida. Bom, eu já me lancei com um equipamento que falhou algumas vezes e por sorte, devo ser como um gato e ter sete vidas...Agora provavelmente restaram umas 3. Não contente, feito Lisbela eu me lancei de novo e apesar de me sentir idiota por isso, pego na mão meu coração todo cheio de cicatrizes e remendos, já tão usado, batido, desbotado e digo a ele: já nos enganamos antes, mas agora pode valer a pena, eu preciso tentar só mais essa vez (com ar de adulto dizendo a criança que ficará tudo bem, quando nem ele mesmo tem essa certeza). Ora, fui vencida pelo cansaço, minha resistência não era tão forte quanto o homem que ordenou que começasse a ...

Trajetória

Estava em minha zona de conforto, nas sombras, porque era tudo mais fácil enquanto eu estava por lá, me escondendo, mostrando apenas o lado amargo, sem sentimentos. Eu não dava a cara pra bater, não arriscava outro coração partido, apenas ocultava a existência de um coração. Era divertido ser irônica quando alguém falava de relacionamento sério pra mim, eu apenas soltava um riso ácido e dizia: - tá, e daí? Sabe, meu forte nesses 3 anos e meio nunca foi acreditar que algo daria certo, eu apenas via surgirem os “quases”, esperando a pessoa ir embora. Eu sabia que todo mundo um dia iria partir. Era aquele velho ciclo, de costume: Ele chega, bagunça tudo superficialmente ao meu redor, tenta ganhar meu coração, mas não se arrisca e eu desse lado também não. Ele vai embora, procurar algo melhor e eu fico, também na mesma procura, me perco no caminho, entre uma bebedeira e outra, enfrento os dias de ressaca, as vezes mais moral do que etílica. No dia seguinte reflito sobre como estou v...