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pequena desvairada ~

O vento insiste, não acha? mas ele já tem tantas coisas pra levar meu bem, não permita que nos leve também, nós devemos nos levar, seja lá pra onde for, não parece leve? E é todo este ópio na superfície dos lábios que me alucina. São as músicas e as lendas tomadas, as decisões finalizadas, as risadas roubadas pelo silêncio que só um beijo consegue iniciar. Foi a maneira, os delírios e decepções, as frases no ar e tudo o que não foi feito, que teimam em me deixar assim. Pra ser sincera não espero que você faça nada que nunca fizeram por mim e não espero que adivinhe o que eu quero. Deixe o fogo que você me deixou começar, queimar mesmo que não tenha fim. Eu estou me sentindo pra valer, dentro de mim. E quanto ao destino? continuará aprontando até que essa bagunça na minha cabeça dê uma pausa e eu possa respirar, mas não esquecer, do gosto, do cheiro, das mãos e carinhos, da maneira como foi, e do quão me arrisco sem nem pensar nas consequencias. Pra mim já chega de querer entender, tudo tem mesmo uma hora exata de acontecer. Não tem nada errado aqui, eu sei que no fim sou só eu contra meus pensamentos e quando o furacão passa, olho pros meus pés e vejo que nunca se movem, a tempestade passa e eu fico imóvel, no mesmo lugar de antes, como se nada houvesse ali e o sol volta a brilhar. Sempre penso que vou voar, mas você sabe o quão não posso tirar os pés do chão. Infelizmente o mundo não segue com minhas regras e as regras dele não posso ditar...

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